Em Maharashtra, estado indiano onde alguns dos trabalhos Missão Adore acontecem, está ocorrendo uma luta das mulheres da comunidade Kanjarbhat contra os testes de virgindade.
Com origem no Rajastão, o ritual conhecido como Teste de Virgindade é uma tradição vinda dos ciganos nômades – daí as semelhanças com o teste do lenço do povo cigano europeu – e é praticado, hoje, em toda a Índia.
O teste acontece logo após as festas. Depois da celebração, o marido e a esposa consumam o casamento sob um pano branco e o entregam aos membros do panchayat, os conselheiros de castas.
Do decorrer do ato sexual, os membros da família permanecem longe dos aposentos do casal, esperando o resultado que virá através dos panchayat, que recebem uma boa quantia de dinheiro, pelo trabalho.
O resultado é simples: se a menina sangra, ela passa o teste, eles então declaram: “Maal Khara hai“; se ela não sangra, presume-se que ela teve sexo pré-marital, e então eles gritam “Maal khota hai“, o que signifca que ela é “mercadoria estragada”, e o casamento pode ser anulado.
Siddhant, que pertence à comunidade Kanjarbhat, em uma entrevista ao jornal The Indian Express, disse: “Elas (as noivas que não sangram), são muitas vezes espancadas, suas famílias são condenadas a exclusão e pedem uma multa para resolver o problema. Quem desafiar o livro de leis do Kanjarbhat está sujeito a um boicote social”.
Siddhant também contou que, certa vez, uma noiva contestou durante meses o resutado do teste. Segundo ela (a noiva), era virgem antes do casamento e apenas não sangrou. Como não conseguiram chegar a nenhum resultado, os panchayat a convidaram a segurar uma bola de metal abrasador. Eles disseram que: se ela fosse inocente, não queimaria. Obviamente, ela se queimou, e eles a declararam culpada.
Nos últimos anos, a luta das mulheres indianas por seus direitos tem avançado, mas os resultados têm sido muito aquém do esperado.
Convidamos a Igreja brasileira, todos os nossos irmãos em Cristo, a orarem para que sejam criadas leis que protejam as mulheres indianas de agressões e violações como essa, que elas sejam respeitadas tanto pelos familiares quanto nas comunidades onde vivem. Também oremos para que todos tenham a oportunidade de conhecer Jesus e serem restauradas por Ele.